13/09/2011

Meia de Buenos Aires é 'invadida' por brasileiros que são só elogios à prova.


Prova rápida, mesmo com algumas subidas, e que passa por vários pontos turísticos da cidade encanta com músicos espalhados ao longo do percurso.


A Meia Maratona de Buenos Aires foi um sucesso. Diversos brasileiros puderam participar de uma prova de longa distância internacional sem, para isso, ter que estourar o orçamento ou tirar férias.

País vizinho e com o câmbio desvalorizado, a Argentina está na moda. Até Marílson Gomes, o principal nome do país em corrida de longa distância, passou por lá e faturou o título.

Dentre os milhares de inscritos, estava lá mais um brasileiro, Claudio Vieira estreando em provas internacionais. A viagem, é claro, veio acompanhada de turismo.

- Por possuir família no local, vou esticar até quinta-feira.
Quero conhecer os estádios do Boca e River, passear por Porto Madero e outras localidades turísticas – conta Claudio.

Claudio tem apenas 26 anos, mas sua história com a corrida é de longa data.
Faz 11 anos que ele corre e, quando perguntado sobre sua estratégia e novos desafios, ele ri e responde:
- A minha estratégia é sempre a mesma, basicamente: correr, correr, correr...
Mas em Buenos Aires as atrações turísticas tiveram um peso grande para Claudio.
- Gostaria de ter feito a base de 1h55m, mas a prova foi um passeio. Parei para tirar fotos e perdi muito tempo. Não conhecia o percurso, a altimetria é quase nula e a prova passa por muitos pontos turísticos, além disso, a cada 1,5 km havia uma banda ou cantor animando os atletas – conta ele.

Nelton Araújo também aproveitou a ida até Buenos Aires para dar aquela esticadinha.
Ele passou a semana por lá. Durante a prova, no entanto, o foco era 100 por cento na sua performance.
- Quanto ao clima emocional, foi uma prova bem bacana, bem alegre. Mas nada comparado a qualquer prova no Brasil. Aqui eles são mais fechados, mais concentrados. Para mim, é ótimo, porque quando é dada a largada, sou foco total e altamente competitivo – revela ele.
E toda essa concentração lhe rendeu bons frutos.
- Confesso que fui mais rápido do que imaginava. Logo encaixei um bom ritmo e fiquei nele. Após os 15 km, olhei para o relógio, vi que estava com um bom tempo, que estava cansado, mas me sentindo bem. Então, aumentei o ritmo. Fui muito bem. Fiz o tempo exatamente que queria fazer, 1h22m30s – comemora Nelton.

E isso tudo mesmo sendo surpreendido com frio - estava apenas seis graus na hora da largada - e ladeiras inesperadas:
- A prova é mais dura que se apresenta e não é tão plana quanto dizem. Ela tem várias subidinhas que quebram quem está menos preparado e faz diminuir o tempo. Mas, no geral, é uma prova veloz, excelente.
Nelton é muito ligado nos amigos. Durante todo o seu relato, o corredor ressalta a importância deles no seu bom resultado, como forma de incentivo. Ele conta que, mesmo com câimbras, ao chegar, resolveu voltar para acompanha sua amiga, no quilômetro 18, e que ela atravessou a linha chorando por baixar seu recorde pessoal em mais de oito minutos.
- Simplesmente emocionante – diz ele.

12/09/2011 17h25 - Atualizado em 12/09/2011 17h26

Por Luisa Prochink - RJ - globoesporte.com

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