08/09/2010

Corredor maranhense vence a Meia Maratona Internacional do RJ 2010 - Parabéns Carlos!





















Exemplo de Superação. Carlos Danilson se destacou entre os atletas especiais e trouxe a medalha de ouro para o Estado do Maranhão. Força de vontade, atitude e espírito de vencedor são as principais qualidades do atleta especial Carlos Danilson Barros Cantanhede. Características determinantes para o sucesso nas provas de corrida de rua. Praticante da modalidade há 5 anos, ele tem provado que o esporte pode mudar histórias e transformar vidas. A agilidade de Carlos, tanto no esporte quanto na vida, o tem tornado um colecionador de títulos e conquistas e a última foi o Primeiro Lugar na Categoria Deficiente Mental (DM) da Décima Quarta Edição da Meia Maratona Internacional do RJ, realizada dia 22 de agosto último, na capital carioca. A Meia Maratona Internacional do RJ de 2010 reuniu 18.000 corredores. A competição teve largada na Praia de São Conrado e chegada, 21.097 metros depois, no Aterro do Flamengo. Com temperatura de 20 graus e 91% de umidade relativa do ara na largada, os corredores não tiveram muitas dificuldades para manter o ritmo estipulado pelos treinadores. Com o tempo de 1h 56m 33s, o Atleta da APAE São Luís, Carlos venceu a prova. "Foi difícil, porque corri muito. Tinha gente na minha frente, mas eu queria ser campeão, pois correr é a minha vida", disse. Com as vitórias, Carlos prova que a deficiência está apenas na cabeça das pessoas preconceituosas, que as barreiras podem parecer difíceis de serem ultrapassadas, mas não são impossíveis. Com 21 anos de idade, o correedor começou a competir há 5 anos nos Jogos Especiais Brasileiros (JEBs), ficando em terceiro lugar. No mesmo ano, ele foi o segundo colocado na Corrida dos Carteiros e Primeiro Lugar no 4 x 100 e nos 400m livres nos Jogos Escolares Maranhenses (JEMs). Além de correr, Carlos gosta de pedalar e jogar futebol com as crianças do seu bairro, a Liberdade. Amante do futebol, ele torce pelo Flamengo do RJ. "Um amigo me deu uma camisa do flamengo e só esperei chegar em casa para vesti-la", brincou. Sua outra grande alegria é brincar com a sobrinha, Agata Giovanna, de 1 ano e 8 meses. "Ela mexe nas minhas coisas, mas gosto muito dela", afirmou. Nas competições locais, Carlos tem como guia o seu pai, Carlos Raimundo Cantanhede, e nas corridas fora de São Luís quem o acompanha é a sua mãe, Kátia Cristina Barros Cantanhede. "Ele não corre só, porque, além da deficiência intelectual, o meu filho é epilético". O lado bom disso é que por causa dele comecei a correr e cuidar melhor da minha saúde, explica a mãe. Carlos começou a correr e competir por incentivo do Professor de Educação Física e seu técnico, José Raimundo, o Riba. "Descobri que ele tinha deficiência intelectual quando o Carlos tinha 6 anos e não acompanhava os colegas de escola". Eu o coloquei para estudar na Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) e lá o p´ofessor, Ribamar Ribeiro, também apelidado de Riba, sempre disse que ele tinha talento para a corrida. Acho que ele estava certo, pois depois da primeira competição não parou mais, afirmou a mãe. Além da Equipe da APAE, Carlos nas competições também representa a Escola Helena Antpoff e a Equipe de Atletismo Pé de Frango e continua sendo treinado pelo professor Riba.

Essa matéria é de autoria de Márcio Henrique Sales da Equipe do E+ e foi publicada no Jornal O Estado do Maranhão, dia 5 de Setembro de 2010 - Domingo

Nenhum comentário:

Postar um comentário