Chega ao fim O SPARTATHLON NA GRÉCIA, a mais difícil prova de ultraman do mundo, em sua trigésima edição e a mais difícil, complicada e totalmente fora dos padrões de todos os tempos.
Recordes terríveis ocorreram. Os níveis de temperatura máxima neste final de verão do mediterrâneo cujas médias dos últimos 30 anos girou em torno dos 28 graus, atingiram os 40 graus durante a prova.
O número de atle
Marco Antonio Toccolini
Recordes terríveis ocorreram. Os níveis de temperatura máxima neste final de verão do mediterrâneo cujas médias dos últimos 30 anos girou em torno dos 28 graus, atingiram os 40 graus durante a prova.
O número de atle
tas vencidos pelo clima (temperatura alta e falta de vento) foi de longe o mais alto da história da prova no primeiro trecho sem apoio dos suporters. Mais de 160 atletas tiveram que abandonar a prova antes do ponto de corte numero 22 em Corinto. Entre eles, nosso atleta maranhense Manoel Mendes. Dos sete brasileiros inscritos, apenas 4 se sentiram em condições de largar e apenas 1 conseguiu completar a prova dentro das 36 horas previstas. Todos os brasileiros que competiram vieram pela primeira vez a Atenas para a Spartathlon. Outro recorde que infelizmente ocorreu, foi que nunca na história dessa ultramaratona tão poucos atletas conseguiram concluí-la.
Os que concluiram a prova informaram que vieram com um grande aparato de apoiadores, competiram em equipes, como no caso dos japoneses por exemplo, ou foram bem patrocinados tendo conseguido condições ideais de treinamento com investimento de tempo e de recursos materiais, como foi o caso de franceses, alemães, italianos, gregos e do único brasileiro a chegar ao final da Spartathlon 2012 com 34h:55min de prova, o empresário Ariovaldo Branco, paranaense que vive em Santos-São Paulo, que chegou em 55 lugar.
O Primeiro colocado de 2012 completou a prova em 26h:28min. Só para se ter uma idéia da dificuldade deste ano, em 2011 o primeiro colocado chegou em torno de 23h, ou seja, 3 horas a menos do que o vencedor deste ano.
Apenas 72 atletas dos 350 que largaram conseguiram concluir a prova. Em 2011 quase o dobro conseguiu chegar, ou seja, 130 atletas naquela ocasião alcançaram a linha de chegada dentro das 36 horas.
De qualquer forma, todos os brasileiros que participaram da prova deste ano alcançaram marcas para se pré-qualificar para a Spartathlon 2013. Parabéns a todos os heróis brasileiros que fizeram bonito na terra de Leônidas. Eles voltam ao Brasil mais experientes e no ano que vem certamente poderão melhorar suas marcas e suas estratégias.
Quanto ao nosso herói maranhense, Manoel Mendes, quando estava progredindo na prova e havia se distanciado dos demais competidores do seu grupo, foi prejudicado pela falta de apoio da organização da prova durante o trecho que não se pode contar com os suporters. A má sinalização fez com que ele pegasse um caminho errado no horário mais difícil do dia quando o sol está mais forte, obrigando-o a voltar todo o trecho corrido erradamente, perdendo tempo e energia preciosos. Esse atraso foi punido com o descaso dos organizadores da Spartathlon fazendo com que o Manoel corresse quase 10 km sem seus suplementos e nem água, ultrapassando assim o tempo exigido de corte para o trecho, obrigando-o a sair da prova antes do tempo, como os outros 160 competidores que não suportaram o castigo do clima neste trecho.
Entretanto, após essa terrível experiência, Manoel não desistiu e continuou apoiando os outros brasileiros dando-lhes conselhos e informações preciosas a fim de que alcançassem marcas melhores, inclusive o próprio Ariovaldo (Ari) que conseguiu terminar a prova com a ajuda das dicas e do incentivo do Manoel e do seu cronômetro pois o Garmin do Ari ficou indisponível no ponto de corte 22 de um total de 75. Sem esse cronômetro seria impossível marcar o ritmo da prova e continuar cumprindo os rigorosos prazos dos pontos de corte. Assim, o Manoel teve importante participação nesta vitória do Ariovaldo. Quanto aos outros brasileiros, Julvan e Zilma, se sairam muito bem porém não conseguiram suportar o rigor da prova, pois uma coisa é conhecer a teoria, outra coisa é verificar as condições da prova na prática.
Voltamos para o Brasil satisfeitos, com a sensação de dever cumprido. Aprendemos muito não só com nossa experiência, mas com a de todos os colegas competidores de vários países que estiveram nesta Spartathlon 2012, inclusive com grandes campeões de anos anteriores que não conseguiram chegar ao fim da prova neste ano. Todos pretendem voltar em 2013 mais fortes e com um sistema de treinos mais eficaz. Aqueles que chegaram, os 72 ultraman, conseguiram concluir essa prova sobre-humana com treinos de um ano inteiro e com 6 meses de treino intenso especifico para essa prova. Só com dedicação exclusiva é possível alcançar resultados nesta que é a maior ultramaratona do mundo. Parabéns ao Manoel, parabéns aos seus patrocinadores, parabéns aqueles que ajudaram-no a chegar tão longe para representar o Maranhão e carregar a sua bandeira até o berço do esporte olímpico mundial.
Os que concluiram a prova informaram que vieram com um grande aparato de apoiadores, competiram em equipes, como no caso dos japoneses por exemplo, ou foram bem patrocinados tendo conseguido condições ideais de treinamento com investimento de tempo e de recursos materiais, como foi o caso de franceses, alemães, italianos, gregos e do único brasileiro a chegar ao final da Spartathlon 2012 com 34h:55min de prova, o empresário Ariovaldo Branco, paranaense que vive em Santos-São Paulo, que chegou em 55 lugar.
O Primeiro colocado de 2012 completou a prova em 26h:28min. Só para se ter uma idéia da dificuldade deste ano, em 2011 o primeiro colocado chegou em torno de 23h, ou seja, 3 horas a menos do que o vencedor deste ano.
Apenas 72 atletas dos 350 que largaram conseguiram concluir a prova. Em 2011 quase o dobro conseguiu chegar, ou seja, 130 atletas naquela ocasião alcançaram a linha de chegada dentro das 36 horas.
De qualquer forma, todos os brasileiros que participaram da prova deste ano alcançaram marcas para se pré-qualificar para a Spartathlon 2013. Parabéns a todos os heróis brasileiros que fizeram bonito na terra de Leônidas. Eles voltam ao Brasil mais experientes e no ano que vem certamente poderão melhorar suas marcas e suas estratégias.
Quanto ao nosso herói maranhense, Manoel Mendes, quando estava progredindo na prova e havia se distanciado dos demais competidores do seu grupo, foi prejudicado pela falta de apoio da organização da prova durante o trecho que não se pode contar com os suporters. A má sinalização fez com que ele pegasse um caminho errado no horário mais difícil do dia quando o sol está mais forte, obrigando-o a voltar todo o trecho corrido erradamente, perdendo tempo e energia preciosos. Esse atraso foi punido com o descaso dos organizadores da Spartathlon fazendo com que o Manoel corresse quase 10 km sem seus suplementos e nem água, ultrapassando assim o tempo exigido de corte para o trecho, obrigando-o a sair da prova antes do tempo, como os outros 160 competidores que não suportaram o castigo do clima neste trecho.
Entretanto, após essa terrível experiência, Manoel não desistiu e continuou apoiando os outros brasileiros dando-lhes conselhos e informações preciosas a fim de que alcançassem marcas melhores, inclusive o próprio Ariovaldo (Ari) que conseguiu terminar a prova com a ajuda das dicas e do incentivo do Manoel e do seu cronômetro pois o Garmin do Ari ficou indisponível no ponto de corte 22 de um total de 75. Sem esse cronômetro seria impossível marcar o ritmo da prova e continuar cumprindo os rigorosos prazos dos pontos de corte. Assim, o Manoel teve importante participação nesta vitória do Ariovaldo. Quanto aos outros brasileiros, Julvan e Zilma, se sairam muito bem porém não conseguiram suportar o rigor da prova, pois uma coisa é conhecer a teoria, outra coisa é verificar as condições da prova na prática.
Voltamos para o Brasil satisfeitos, com a sensação de dever cumprido. Aprendemos muito não só com nossa experiência, mas com a de todos os colegas competidores de vários países que estiveram nesta Spartathlon 2012, inclusive com grandes campeões de anos anteriores que não conseguiram chegar ao fim da prova neste ano. Todos pretendem voltar em 2013 mais fortes e com um sistema de treinos mais eficaz. Aqueles que chegaram, os 72 ultraman, conseguiram concluir essa prova sobre-humana com treinos de um ano inteiro e com 6 meses de treino intenso especifico para essa prova. Só com dedicação exclusiva é possível alcançar resultados nesta que é a maior ultramaratona do mundo. Parabéns ao Manoel, parabéns aos seus patrocinadores, parabéns aqueles que ajudaram-no a chegar tão longe para representar o Maranhão e carregar a sua bandeira até o berço do esporte olímpico mundial.
Marco Antonio Toccolini
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