Dos 7 brasileiros que estavam inscritos, 3 desistiram de
largar. Apenas 4 largaram.. Este ano, no trigésimo aniversário da Spartathlon,
alguns recordes tem acontecido, infelizmente, que não são bons: os grandes
campeões de anos anteriores desistiram de largar, muitos inscritos de vários
países além do Brasil também desistiram. O calor este ano ultrapassou as
expectativas e os prognósticos. Muitos estavam apreensivos pois a prova é
realmente muito difícil, especialmente a primeira parte em que os atletas estão
sozinhos, sem os apoiadores. É justamente nessa parte da prova que a maioria
abandonou a prova em virtude do calor insuportável do mediterrâneo e em virtude
do ritmo exigido pela organização da prova, que é muito exigente quanto as
regras estabelecidas. Os carros e os apoiadores são identificados e qualquer
coisa em desacordo com as regras o atleta é eliminado. A sinalização da prova é
bastante deficiente neste primeiro trecho. Quem não conhece pode facilmente se
perder e gastar muito tempo para se recuperar. Isso já aconteceu com outros
atletas em outros anos, como é o caso do campeão brasileiro Walmir Nunes que já
participou de 8 Spartathlons mas teve que abandonar metade delas, sendo que em
uma dessas ocasiões, o que aconteceu foi exatamente essa confusão com o caminho
mal marcado.
A equipe de saúde estava muito apreensiva. As ambulâncias
ficarão indo e voltando ao longo do trecho onde haviam atletas para atender a
quem necessitasse em função dessa dificuldade climática fora do comum. Os
apoiadores só puderam manter qualquer contato com o atleta em 6 pontos ao longo
de toda a prova. Foi uma prova bastante complicada. Não tínhamos internet
disponivel durante o percurso, então, só demos mais informações a partir de
Esparta.
Marco Antonio Toccolini.
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